Granger Ferreira e Victor Montalvão, apresentadores da TV Litoral, lançaram excelente campanha para que volte a existir em Campos uma escultura homenageando o índio goitacá
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Ao criar esta Revista de Campos, Marcelo Sampaio desativou o Blog do Sampa que mantinha na Internet desde 2008. No entanto continuará a entregar o Troféu Cultural a uma pessoa de destaque, por ano, na cultura campista.
A jornalista Lívia Nunes alegou problemas de ordem pessoal e ficará um tempo sem publicar sua coluna "Minúcia". No entanto o espaço vai continuar à sua disposição para retornar quando achar melhor.
Os contatos estão bem adiantados para que a partir de outubro duas novas colunas estreem aqui na Revista de Campos. Serão assinadas por dois grandes e conhecidos comunicadores da nossa cidade.
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NO MAU SENTIDO - MARCELO SAMPAIO
Um mergulho introspectivo
Ultimamente tenho refletido bastante sobre algo que considero bem mais importante do que qualquer realização profissional para os seres humanos. Estou me referindo às nossas funções sociais, as quais são fundamentais para uma melhor existência pessoal.
Por isso nas minhas colunas “No Mau Sentido” desta Revista de Campos procuro sempre publicar textos que pendem para a poesia e não para a informação. Já está provado que não escrevo comercialmente e nem de forma objetiva.
Na verdade confesso que sofro do mito do eterno retorno, mas como não dá para voltar no tempo sigo em frente colocando para fora as minhas saudades. Com as palavras não desejo a efemeridade da moda e sim a eternidade do cinema!
Pare o mouse: Ando farto das pessoas que falam pelos cotovelos e não dizem nada.
Fracassos & Derrotas
@ Um amigo deste colunista diz preferir conviver com os gatos do que com os cachorros porque não conhece nenhum que seja policial...
@ Já uma amiga dele costuma dizer que a partir dos 50 anos a natureza nos abandona, pois ela nos ajuda até deixarmos de ser reprodutores.
@ Sou verdadeiramente fascinado por quem é espírito-de-porco e opta pela desobediência civil, além da insurreição!
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PEQUENO CADERNO DE ENSAIOS - CARLOS ALBERTO BISOGNO
OH! I KILL: "Mas por que você decidiu fazer um documentário sobre isso?!"
Essa é uma das perguntas mais recorrentes que ouço. O principal espanto, talvez, seja o meu envolvimento com coisas tão dissonantes com meu espírito. Foi assim quando fiz o documentário sobre o carnaval “Um ensaio de perfeição da fé (2010)” no qual também me perguntavam o que tinha a ver essa festa com a fé. Inicialmente respondia pacientemente, mas agora quero aqui formular uma resposta genérica para tudo isso...
Quando escolho fazer um documentário o faço pela simples intuição de que aquele tema ou objeto vá me proporcionar imagens que permitirão uma reflexão sobre algo mais universal e menos superficial que a simples exposição de fatos.
Eu nunca começo sabendo exatamente o que quero, apenas observo, gravo e analiso, enquanto aos poucos vou descobrindo que história contar.
No momento estou envolvido, entre produção e pós-produção, em 3 documentários: “Guerra dos Botões” (sobre o produtor de filmes pornô, Fabrício Mira), “Performance” (sobre o teatrólogo Kapi), e há uma semana iniciei as gravações de um documentário com a Banda de Indie Rock, Oh! I Kill.
Este último só foi iniciado mais pelo vago sentimento de deslocamento cultural e emocional que representam, do que por uma finalidade especifica ou programa. Com idades em torno dos 20 anos, esses jovens são os representantes de uma geração que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos. Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo. E essa “busca de significado" é a expressão que dá sentido às coisas.
Quero capturar um estado de espírito. E o primeiro elemento deste diagnóstico será saber se vão ou não entrar em contato para que eu continue invadindo suas vidas para dar vazão a minha necessidade de realizar ensaios sociológicos.
Fonte: Youtube
http://cinemabisogno.blogspot.com/
http://www.dailymotion.com/CarlosAlbertoBisogno
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ESPAÇO LIVRE - DIOGO D'AURIOL
O Processo
Já estou há um bom tempo sem escrever para a Revista de Campos e quero explicar o porquê. Estou mergulhado numa crise existencial assim como o personagem de Marcello Mastroianni no filme “Oito e Meio” de Fellini. Não tenho desenhado e o pouco que produzo não me convence, caindo em um lugar comum. Fico dias observando telas em branco na minha prancheta e nem um rabisco sai, nem um esboço de vontade para produzir qualquer coisa. Meus textos não passam de ensaios baldios e por aí vai. Não entro em contato mais com meus amigos queridos como Marcelo Sampaio e peço que as noites de sono sejam longas, mas o que tenho são noites mal dormidas e resumidas demais para o tempo que desejo passar desacordado. Não sei quanto tempo esta crise durará. De repente até eu ser premiado em outro salão de humor ou até qualquer coisa boa surgir, não sei sinceramente. Existem semanas nas quais mal saio do quarto e quando saio me sinto um sonâmbulo, um ser desbotado, fora de sintonia com o mundo. Já falaram em depressão, mas não é este o caso, não me sinto triste, me sinto vazio, o que é bem diferente. Peço desculpas a todos pela minha abrupta ausência e também agradeço publicamente ao meu amigo Marcelo Sampaio pela paciência comigo.
Visitem meu blog: www.diogodauriol.blogspot.com, lá vocês poderão ver alguns trabalhos que faço, lugares que visitei e achei interessante registrar.
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UM POUCO DE TUDO - ELAINE OLIVEIRA
Coleções Novas
Foram bem prestigiados os dois desfiles que lançaram as coleções primavera-verão 2011 de algumas lojas do Parquecentro Shopping. Quem apareceu por lá e apresentou um belíssimo vestido de noiva do seu atellier foi o consagrado estilista Nelcimar Pires.
Boa Entrevista
O jornalista Aluysinho Abreu Barbosa entrevistou para a Plena TV Zico, grande ídolo rubro-negro e atual dirigente do Flamengo. Além de informativa e com perguntas inteligentes, a entrevista em diversos momentos exalou uma emoção rara de ser vista no jornalismo...
Campeã Geral
A Cenáculo Cia. Teatral, de São João de Meriti, venceu o 13° Festival de Teatro Sacro Cristoarte realizado em São Paulo. Das nove indicações recebidas, conquistou os prêmios de Melhor Ator Coadjuvante (Leandro Fazolla) e Melhor Espetáculo ("Chiquinho").
Talento Puro
Quem ainda não ouviu a Maria Fernanda Crispim cantar, não faz idéia do que está perdendo. Ela é afinadíssima, domina perfeitamente a técnica do canto e possui um gosto maravilhoso para escolher repertórios. Em breve estará lançando o seu primeiro cd, que promete ser imperdível!
O secretário municipal de Cultura Orávio de Campos Soares entre Adeilson Trindade, diretor do Teatro de Bolso e Jorge Luis dos Santos, presidente da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares.
HISTÓRIAS QUE EU VI, OUVI E VIVI - NILSON MARIA
JABÁ E BIZI
A palavra “jabá” é uma das expressões mais conhecidas nos meios de comunicação do país. Ela se refere à prática, infelizmente enraizada, de alguns profissionais auferirem vantagens ilícitas, por meio de mensagens sistemáticas de apoio à pessoas e produtos que não figuram nos departamentos comerciais dessas empresas.
Toda vez que você observar um comunicador constantemente enviando um “abraço” pra fulano ou falando bem de determinado político ou produto, desconfie. Muito provavelmente, ele estará levando algum “por fora” para se incumbir dessa missão. Os proprietários e diretores dos veículos de comunicação tentam, de todas as formas, inibir essa prática, sem sucesso.
O “jabá” também se configura nas ações de alguns artistas e gravadoras que gratificam os profissionais do rádio para rodarem as músicas de seu interesse, fato que acontece, com frequência, especialmente nos grandes centros. Aqui em nossa Campos dos Goytacazes no entanto, o famoso “jabá” é conhecido por outro nome: “bizi”! É sobre isso que eu quero falar hoje.
A expressão remonta ao período áureo da Rádio Cultura de Campos, à época a única emissora de rádio de nossa cidade. A Rádio Cultura era uma grande empresa, com um elenco numeroso. Tinha sob contrato uma grande orquestra, um regional, trios, cantores, elenco de radioteatro, animadores de auditório, repórteres e locutores de estúdio.
Na fase dos programas de auditório, certa feita, o seu diretor, Dr. Mário Ferraz Sampaio, observou que, em determinado programa, diversos anúncios feitos não tinham contrato no Departamento Comercial da emissora. Por isso, educadamente, chamou o animador à sua sala. Ato contínuo, os colegas, já prevendo o assunto que seria tratado, ficaram à espreita, ouvindo a conversa.
- Meu bom cidadão, disse Dr. Mário. Ouvindo ontem o seu festejado programa, observei alguns anúncios que não estão em nosso Departamento Comercial. O senhor, certamente, deve estar de posse dos contratos e os trará à nossa emissora, certo?
O animador não perdeu a pose:
- Eu não estou entendendo sobre o que o senhor está falando, Dr. Mário.
- Por exemplo, respondeu o diretor. O Posto de Gasolina do qual o senhor falou tanto não é nosso anunciante!
- Calma aí, doutor! Eu sou repórter da Rádio Cultura. Vou a todos os lugares representando a nossa emissora para fazer as reportagens. A emissora não tem carro. Vou no meu carro. Nada mais justo que eu apanhe a gasolina no posto e retribua com publicidade no meu programa.
- Ah, então tá explicado! Faz sentido, respondeu Dr. Mário. E a Alfaiataria do João Muniz Neto, a quem o senhor se refere com muita propriedade como “a tesoura que vale um tesouro”?
A resposta foi imediata:
- Dr. Mário, eu, como repórter, entrevisto autoridades, prefeito, vereadores, deputados, juízes, etc. Tenho que me apresentar bem vestido, para representar a nossa emissora. A rádio não me dá roupas. João Muniz confecciona os ternos e eu retribuo com a propaganda.
E assim a conversa se desenvolveu, com o comunicador justificando uma a uma todas as observações do Doutor Mário Ferraz Sampaio.
No final, contudo, ele se enrolou todo. O Dr. Mário perguntou:
- E o anúncio da loja de móveis do senhor Bizinover?
Aí o astuto comunicador se complicou:
- Ah, o Bizi? Esse aí é o Bizi...
Do lado de fora, a turma gargalhava com o embaraço. A publicidade não contabilizada do patriarca da família Bizinover acabou gerando a expressão que, até hoje, é usada nos meios de comunicação de Campos.
Mais uma das peculiaridades de nossa cidade.
Aposentado, radialista, apresenta o Programa Nilson Maria, de Segunda a Sexta-Feira, entre 15:00 hs e 18:00 hs, na Rádio Absoluta AM – 1.470.
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"A ficção precisa ter lógica, já a realidade não".
Expediente:
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