A nossa primeira Entrevista Especial é nada mais nada menos do que com o irreverente advogado Ivan Granato, o qual provou definitivamente não ter mesmo "papas na língua"
______________________________________________________________
Ao criar esta Revista de Campos, Marcelo Sampaio desativou o Blog do Sampa que mantinha na Internet desde 2008. No entanto continuará a entregar o Troféu Cultural a uma pessoa de destaque, por ano, na cultura campista.
A jornalista Lívia Nunes alegou problemas de ordem pessoal e ficará um tempo sem publicar sua coluna "Minúcia". No entanto o espaço vai continuar à sua disposição para retornar quando achar melhor.
O jornalista Paulo Ourives nos enviou um comentário informando que acaba de disponibilizar na Internet o vídeo "Samba-Enredo como marketing político no Carnaval de Campos - Olhar de cumplicidade e omissão da imprensa", o qual serviu como seu Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Comunicação Social. Os interessados em assisti-lo podem acessar http://www.youtube.com/watch?v=AIhpEOW9Uys (1ª parte) e http://www.youtube.com/watch?v=WWSNQXeiNNQ (2ª parte).
___________________________________________________________________
NO MAU SENTIDO - MARCELO SAMPAIO
Três grandes fases
Acho que atualmente talvez esteja com o melhor grupo de orientandas que já orientei. Não só os assuntos das suas dissertações de Mestrado são interessantes, como elas possuem uma considerável bagagem cultural e estão ávidas para aprender cada vez mais...
Dia desses conversando com duas delas acabamos divagando e entrando nas pra lá de curiosas relações humanas. Para ser bem preciso, nos relacionamentos entre homens e mulheres que parecem inesgotáveis fontes de reflexões das mais variadas.
Após horas de muitas colocações e análises, chegamos meio que a um consenso. Concluímos que a vida humana se divide em três significativas fases que são a masturbação, a maconha e a meditação. Porém a maioria das pessoas não consegue chegar à última!
Pare o mouse: A decepção é a raiva dos fracos.
Fracassos & Derrotas
@ Determinado empresário se orgulhar de ter trazido um conceito de Barra da Tijuca para Campos é o mesmo que afirmar o mau gosto do seu empreendimento.
@ Há tempos eu descobri que uso a minha memória muito mais para esquecer do que para lembrar...
@ Não se deixe iludir leitor: Todo filme é falso, assim como toda literatura é mentira!
___________________________________________________________________
PEQUENO CADERNO DE ENSAIOS - CARLOS ALBERTO BISOGNO
Sobre o Pólo de Cinema de Campos
Durante a Audiência Pública na Câmara de Vereadores que discutiria, em dezembro de 2009, a implantação do Pólo de Cinema na região, fui indicado para representar o pensamento de um pequeno, mas importante grupo que nasceu através de uma iniciativa da pró-reitoria de extensão da UENF e que tem trabalhado para ver desabrochar em nossa cidade a apreciação e produção de cinema, a forma artística que considero a mais completa, por conter em si, mesmo que subjugadas por uma linguagem própria: a literatura, a música, as artes cênicas e visuais.
O audiovisual enquanto mecanismo de representação do real, ao veicular pontos de vista, contribui para a manifestação da variedade de olhares. Aqui, creio ser importante lembrarmo-nos do conceito de perspectiva, que pode ser descrita como a arte de representar em uma superfície plana as coisas da maneira que as vemos. Assim sendo, as produções de imagens e sons, realizadas apoiando-se em determinada perspectiva, como é quando nos deparamos com uma produção fílmica, servem para fundamentar a importância, a meu ver, de se ter o cinema como prática de se lançar livres olhares, de ser livre e experimentar o mundo. É uma ferramenta que propicia a supressão de estereótipos e categorias redutoras que tanto limitam o pensamento humano e a prática da educação.
Cabe também dizer aqui neste ponto que criar um Pólo de Cinema, não é como muitos imaginam, construir estúdios milionários, mais sim um conjuntos de mecanismos que viabilizem e incentivem a produção audiovisual. Um Pólo de Cinema não é uma instituição ou lugar como erroneamente insinua a expressão, é um projeto.
A região tem passado por transformações importantes nas últimas décadas e essas mudanças econômicas e políticas estão relacionadas com um processo mais geral de transformações que ainda tendem a se intensificar.
Portanto elaborando e incentivando projetos que busquem criar uma cultura, entre outras, de produção e consumo audiovisual em Campos, não se está incentivando apenas um projeto específico, mas sim o desenvolvimento de diversos setores da sociedade como a economia e a educação que devem e precisam acompanhar estas transformações.
O cinema, imagem em movimento, vai muito além da sua superficial função de entretenimento, ele suscita pensamentos, propõem-nos modelos e comportamentos, condicionam de uma forma positiva ou negativa a nossa atitude e concepção do mundo. É deste fenômeno tão abrangente que tratamos.
Espera-se por parte das entidades de ensino e governamentais, uma tomada de posição objetiva na defesa dos valores em que se prezem a liberdade de expressão e a liberdade de consumo da arte. O Homem enquanto ser criativo, expressivo, sensível e equilibrado, não pode ser afastado/alijado do entendimento do cinema. O cinema não deve ser um produto formatado pela televisão – esta mídia é maior que a mídia televisa, não só em tamanho, mas em qualidade visual, intelectual e artística.
Temos todos sonhado com o desenvolvimento sustentado da nossa cidade. Desenvolvimento que signifique prosperidade para todos, que signifique oportunidades iguais para todos. Que signifique a inclusão de todos. Um sonho simples. Um sonho claro. Um sonho que deve ser um compromisso. Compromisso que, se firmado, pode se tornar realidade.
http://cinemabisogno.blogspot.com/
http://www.dailymotion.com/CarlosAlbertoBisogno
Nota de rodapé: De dezembro de 2009 até então parece ter estagnada a tentativa de início do Projeto do Pólo de Cinema, em parte pelas eleições e pelo conturbado momento político na cidade. No entanto, boa parcela da letargia se deve à falta de real vontade por parte de todos de que as coisas avancem. Eu continuo fazendo a minha parte!
___________________________________________________________________
ENTREVISTA ESPECIAL: IVAN GRANATO
Entre outras pérolas o entrevistado Ivan Granato falou para o entrevistador Marcelo Sampaio que "Cirurgia plástica não melhora nada, aleija"!
Há 67 anos nascia Ivan Granato, filho do meio de uma família campista de classe média, cujo primeiro emprego como auxiliar de escritório teve o salário achatado por conta da recessão econômica causada pela Ditadura Militar no Brasil.
Trabalhou como contador prático antes de se formar num curso de técnico em Contabilidade e só mais tarde colou grau em Advocacia na tradicional Faculdade de Direito de Campos. Atualmente está aposentado, porém disposto como nunca.
Ainda jovem montou o conjunto Blue Star, ao lado do amigo e mecânico Pedro Franco, no qual tocava bateria. O dito cujo se apresentou em muitos bailes de formatura do antigo IEPAM e fez um tremendo sucesso com as normalistas daquela época.
Como baterista acompanhou diversas vezes o cantor Jean Carlos, que era cego, no Ginásio Olavo Cardoso do Automóvel Clube e na “zona” Paraíso Perdido perto da Estação Leopoldina. Perdeu as contas de quantas vezes foi de Kombi curtir domingos com “putas” no litoral sanjoanense.
Apesar de hoje em dia já ser avô, mantém quase que intocável o seu jeito pra lá de moleque. Esta sua molecagem faz dele a principal estrela do quadro de debates do programa apresentado pelo Nilson Maria na Rádio Absoluta AM, de segunda a sexta-feira.
Ao ser perguntado sobre ter implantado uma prótese peniana, respondeu: “Minha diabetes prejudicou meu desempenho sexual e quando tomei Viagra tive uma insuportável enxaqueca. Gastei muito com médicos e sem dúvida alguma aquela foda do 'azulzinho' foi a trepada mais cara que dei na vida”.
No entanto faz questão de informar, segundo ele aos muitos interessados, que junto ao “novo pênis” tem que estar o desejo mental. Em relação ao sexo é taxativo: “Sem tesão não dá para viver”. Mais lacônica, só a sua opinião a respeito da Justiça atual no Brasil: “Já foi séria”.
Entre as diversas histórias que contam sobre ele existe a do fã-clube que teria fundado para Roberta Close. Afirma que tudo não passou de uma sacanagem com alguns amigos freqüentadores do Bar Estrela, que se localizava no Centro da cidade em frente a um Cartório.
“Tirei uma foto da turma reunida numa 'bebedeira' e enviei-a para o Jornal Última Hora, informando que todos eram grandes admiradores da beleza do referido travesti. Assim que foi publicada deu a maior confusão, pois as mulheres deles queriam se separar e eles me baterem”.
Desde criança gosta de desenhar, mas agora tem pintado telas a óleo. Seu estilo é realista, o que não o impede de incursionar pelo abstracionismo. Deve tratar-se de influência do irmão caçula Ivald Granato, artista plástico consagrado a nível internacional.
Por falar nisso, uma “paisagem” sua está exposta no Palácio da Cultura. Nos seus planos estão terminar o curso de pintura que faz e voltar a tocar bateria. Quanto ao lazer continua um pé-de-valsa inveterado, porém frisa: “Danço como nos antigos convívios sociais, não a ridícula dança de salão”.
Questionado acerca de uma frustração, comentou: “Não ter mais 15 anos para realizar as loucuras que não consegui realizar”. Já sobre um orgulho, falou: “Ter conseguido me formar num curso superior sem perder a espontaneidade. Jamais me privei de falar puta-que-pariu, porra, cacete e merda”.
___________________________________________________________________
ESPAÇO LIVRE - DIOGO D'AURIOL
O Desejo da Virgem
Juju, como era mais conhecida na baixada campista, sonhava em se casar virgem. Seu enxoval fora preparado precipitadamente quando ainda criança: toalhas de crochê com bordados encerrando o mimo, fita de cetim cor pastel, etc. A adolescente de quatorze anos não era bonita nem feia, uma púbere de traços delicados e corpo esguio.
A moça nunca saiu da sua localidade até o dia em que sua madrinha, que não a visitava desde que ela tinha dois anos de idade, veio visitá-la aproveitando a vinda à cidade por razão da doença terminal da mãe.
A madrinha convenceu a comadre a levar a afilhada ao Rio de Janeiro para passar duas semanas com ela, já que a vinda à região coincidia com as férias escolares da jovem. Depois de relutar um pouco, a mãe concordou com a viagem, fazendo mil recomendações à filha e a comadre.
A púbere ficou embasbacada quando pôs os pés em Copacabana. Toda a gente nua emoldurada naquela paisagem inebriante ofegou a pobre que não fechava os olhos sequer para piscar.
Quando voltou à casa, ela invariavelmente não era mais a mesma. Ouvira muita coisa sobre sexo e Carnaval no Rio e quando se ouve muito sobre sexo e Carnaval a pessoa nunca mais é a mesma. A donzela ainda mantinha o sonho de se casar virgem, mas agora era atiçada pela curiosidade do sexo. Não quer dizer que o interesse não existia antes da viagem, porém agora era no ritmo do samba e da folia.
A menina febril encharcava os lençóis todas as noites. Sua mãe já pensava em levá-la ao doutor, mas ficava envergonhada só em pensar como descreveria a enfermidade. Juju sentia-se atraída por todos os garotos, principalmente por aqueles que andavam sem camisa, mas dissimulava o olhar, para não os fitar, preservando a discrição.
Na localidade onde a impúbere residia andava um adolescente conhecido como Mudinho. Rapaz feio de vinte e poucos anos e que todos achavam que por ser mudo também era louco. Juju começou a observar o rapaz com outros olhos e seus pensamentos já não correspondiam à sua religiosidade: Quem acreditaria em um mudo-louco e ainda por cima muito feio?
Por estas e outras a jovem vivia mais absorta que de costume. Certo dia ofereceu um pedaço de doce de abóbora ao Mudinho que passava por seu portão. Ele de pronto aceitou e pediu um pouco de água gesticulando. Ela o convidou para entrar. Pediu para ele ficar ali na sala aguardando enquanto ia à cozinha. Quando voltou estava despida. Seu corpo moreno preservava os brancos da bermuda e da camiseta. O doido ficou literalmente mudo. Ela se jogou para cima dele que de louco não tinha nada. Mas Juju na última hora fez uma exigência apontando para o ânus: só faria sexo anal para preservar a virgindade da vagina.
___________________________________________________________________
UM POUCO DE TUDO - ELAINE OLIVEIRA
Em Cartaz
Estará em cartaz no Cine Teatro São João em São João da Barra, de 2 a 12 de setembro, o musical "Com todas as palavras..." de Antônio Carlos e Silvano Motta. O ingresso, muito convidativo, custa apenas 5 reais!
Com Diferencial
Foi encenado no Teatro do SESC o espetáculo "Dirigir-se aos homens" com o ator Wilmar Amaral. O diferencial ficou por conta do interessante bate-papo que rolou após a sua encenação...
Mais Presentes
Esta colunista almoçou hoje pelos ares sanjoanenses e observou algo por aquelas bandas. Percebeu que os veranistas estão começando a ir mais para lá durante o ano todo e não apenas no verão.
Boa Idéia
Cláudio Santos, José Lobo e Júlio Lopes foram felizes ao publicarem o livro "Bicicleta - A cara do Rio". O referido trabalho literário teve coquetel de lançamento na tradicionalíssima livraria campista Ao Livro Verde.
Elen Souza e Fernanda Lima, filha do brilhante criminalista Carlos Alberto Redondo, duas das mais belas presenças femininas no recente baile da OAB realizado em Campos.
_______________________________________________________________
HISTÓRIAS QUE EU VI, OUVI E VIVI - NILSON MARIA
SAUDADE DOS ANTIGOS CARNAVAIS
Eu ainda alcancei o período no qual Campos tinha um carnaval maravilhoso com luxo, beleza e participação de todas as camadas sociais. Tenho a sensação de que as praias eram mais distantes, as estradas piores, de tal forma que a classe média ficava na cidade e participava, dando um colorido especial ao carnaval de rua e de clubes. Não havia, ainda, sido instituída a ditadura do Trio Elétrico e tudo era mais espontâneo.
Morador do centro da cidade, recordo-me, com saudade, das cadeiras colocadas nas calçadas para apreciar o Corso, desfiles de carros fantasiados, transportando foliões que cantavam e dançavam. Há poucos anos, quando recebi a incumbência de tentar recuperar o carnaval campista, obtive sucesso ao ver os horários dos desfiles rigorosamente cumpridos, ao contrário do que vinha acontecendo e do que, lamentavelmente, voltou a acontecer no atual governo. Desesperei-me, contudo, pela ignorância de uma procuradora da Prefeitura que vetou o pagamento de prêmio para o melhor carro fantasiado, concurso que instituí para tentar reviver o Corso, simplesmente porque, segundo ela, desconhecia completamente o significado da palavra e o sentido do evento.
Começando ainda no rádio, lembro-me do centro da cidade apinhado de gente nas manhãs de domingo de carnaval para assistir aos bois pintadinhos, blocos de sujos e blocos de embalo, além das bonecas e do famoso jaguar. À noite, a multidão voltava para ver as Batucadas, os Blocos de Escudo, os Ranchos, os Cordões e as Grandes Sociedades. Era indescritível o espetáculo mostrado por Macarrones e Clube Tenentes de Plutão, duas das Grandes Sociedades que desfilavam com alegorias colossais e mulheres lindíssimas.
O passar dos tempos foi mudando o perfil do carnaval e dos carnavalescos. Acabaram-se as Grandes Sociedades, os Ranchos, Blocos de Escudo e Cordões Carnavalescos. Retiraram a autenticidade dos Bois Pintadinhos, alterando-lhes o ritmo tradicional e os transformando em Bois de Samba.
Na mudança do perfil de nosso carnaval, teve grande importância o intelectual Vilmar Rangel. Ele era diretor do Departamento de Turismo da Prefeitura quando decidiu organizar melhor os desfiles de rua que, segundo ele, estavam soltos demais. Foi sua a iniciativa de criar a primeira passarela do samba, “encaixotando” os desfiles na Beira-Rio, entre o Obelisco e a Praça das Quatro Jornadas. Foi também sua a iniciativa de construir pequenas arquibancadas de madeira, visando dar mais conforto ao público bem como instituir o concurso para os Bois Pintadinhos, que, até então, desfilavam de maneira livre, sem competição entre eles.
Aos poucos os Blocos de Escudo e os Ranchos entraram em decadência e se extinguiram. Os Cordões Carnavalescos, manifestação típica da região, que representavam tribos indígenas, sofreram uma constante perseguição da imprensa, comandada pelo radialista Herval Gomes, em função das brigas que protagonizavam anualmente no centro da cidade.
Hoje, para mim, tudo é saudade! Lembro-me das artimanhas de Dagval Brito, conhecido como “a raposa do carnaval”, por seu espírito ardiloso, capaz de mandar os destaques de sua Escola de Samba, após desfilarem, dar a volta por fora da passarela e retornar à pista para dar aos jurados a impressão de um contingente superior ao que verdadeiramente estava trazendo. Ou então, fingindo solidariedade, diretor da União da Esperança, infiltrar-se na concentração da Mocidade Louca e apanhar as bandeiras da escola e do enredo, entregando-as, respectivamente, ao segundo e ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Induzindo.com isso, os jurados a julgar equivocadamente o quesito, o que, inclusive, custou o carnaval à Mocidade. Para quem não sabe, dos casais de mestre-sala e porta-bandeira conta pontos o que leva a bandeira oficial da escola e não a que representa o enredo da agremiação.
Também naquela época, Benedito Caetano, diretor do Cordão Carnavalesco Temor do Norte, anunciou uma grande homenagem ao jornalista Nicolau Louzada, então secretário do governo de Zezé Barbosa. Ficamos todos à espera quando o Cordão começou a entoar a monótona melodia que tinha um refrão incrível:
“No Turismo nós temos o Louzada
Trabalhou o ano inteiro
E até agora não fez nada”.
Os repórteres das emissoras de rádio e jornais rolavam no chão de tanto rir e o Louzada ficou furioso com a “homenagem” perpretada por Benedito.
Ao passar diante da imprensa, os microfones se amontoavam diante de Benedito, que justificou a letra com a sua ingenuidade:
- Prometemos e cumprimos com a nossa homenagem ao grande Nicolau Louzada.
Perguntado sobre a afirmação, na música, de que Nicolau, após tanto tempo no cargo, ainda não fizera nada, justificou para delírio dos colegas:
- Gente, isso é forma de dizer, porque foi a única rima que eu achei pra Louzada...
Naquela época, os clubes promoviam bailes noturnos e matinês com orquestras. Isso não era privilégio dos chamados clubes da alta sociedade, pois também os mais populares realizavam os mesmos eventos com grande sucesso.
Como a população da cidade era muito menor e o carnaval nos clubes e nas ruas recebia muito mais gente, a pergunta é inevitável. O quê aconteceu? Mudou o perfil do campista? Mudou o perfil do carnaval? O quê se vê hoje é um carnaval “encaixotado”, que acontece apenas na avenida, sem brilho, sem organização, frequentemente sem público. Os clubes sociais, da mesma forma, não têm condições de realizar seus bailes por falta de público e em função dos extorsivos valores cobrados pelo ECAD para a realização dos eventos.
Como dizem que “quem vive de passado é museu”, não adianta lamentar, mas, tão somente, adequar-me aos novos tempos e ir para a praia correr atrás do Trio Elétrico. Ou não?
Aposentado, radialista, apresenta o Programa Nilson Maria, de Segunda a Sexta-Feira, entre 15:00 hs e 18:00 hs, na Rádio Absoluta AM – 1.470.
___________________________________________________________________
"Estou em paz com a minha guerra".
Expediente:
A Revista de Campos é uma publicação semanal, atualizada sempre aos domingos. Todas as informações contidas aqui são de responsabilidade dos respectivos autores, não interferindo este veículo em suas opiniões. Ressaltamos ainda que os nossos colaboradores não possuem qualquer vínculo empregatício.